10 de junho de 2011

PRIMEIRO POST: BRESSON

          Criei o blog para compartilhar algumas histórias, minhas impressões sobre o mundo e o meu jeito de fotografar, ou simplesmente para publicar algumas fotos que coloco no site e nas redes sociais. O bom do blog é que é mais informal, mais humano, dá pra deixar um pouco de mim em cada post. Espero ter bastante coisa pra mostrar aqui.
          Pra começar, colocarei uma grande inspiração para mim. Não gosto de puxar saco de ninguém. Prefiro as coisas mais simples, despretensiosas, prefiro ir pra rua e me inspirar com o mundo. Mas este cara, pra mim, é um exemplo. Não passo minha vida lendo sobre a vida dele, mas quando me deparo com algo realmente importante, algo que realmente me emociona e quero fotografar, de alguma forma lembro do quanto o admiro e do quanto precisamos viver profundamente para aquilo que amamos fazer. À ele dedico minhas primeiras palavras no blog, como um amuleto para me dar sorte nesta jornada que permeará a minha vida inteira. Vale a pena querer dizer alguma coisa com a fotografia. E ele disse. Muito.

"É preciso esquecer-se, esquecer a máquina... estar vivo e olhar. É o único meio de expressão do instante. E para mim só o instante importa. E é por isto que adoro, não diria a fotografia, mas a reportagem fotográfica, ou seja, estar presente, participar, testemunhar, com a alegria da composição e evitar a anedota. Ao mesmo tempo, não podemos ficar esperando pela grande fotografia. Há muito o que descascar. É um presente que lhe é oferecido, mas é uma ação do acaso e é preciso tirar proveito dele. Ele existe. É a vida, e ao mesmo tempo, a morte, porque desaparece, acaba. Há algo de mórbido na fotografia. Não é raro uma foto que possamos olhar por mais de um instante que passe uma emoção."

(Frase dita por Cartier-Bresson, traduzida do documentário "HENRI CARTIER-BRESSON: Point d’Interrogation’’, de Sarah Moon, produzido pela Production Take Five com direitos de copyright de 1994).

Nenhum comentário:

Postar um comentário